Agora

Josias Nodari

08:00 - 11:00

Notícia

Candidatos ao Piratini querem colar nos líderes de pesquisas presidenciais

A saída dos postulantes ao governo do RS é buscar pautas semelhantes e lembrar a relação com os favoritos na disputa do Planalto
Candidatos ao Piratini querem colar nos líderes de pesquisas presidenciais

A preferência dos gaúchos revelada na pesquisa Ibope para a Presidência da República está influenciando as estratégias dos candidatos ao governo do Rio Grande do Sul. Numa campanha curta e com escassez de recursos como a deste ano, a ordem é colar nos líderes, buscando alinhamento com os primeiros colocados na corrida ao Planalto.

No comitê petista, os 32% de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Ibope reforçaram ainda mais a ideia de vincular a candidatura de Miguel Rossetto ao ex-presidente. Nos dois primeiros debates, Rossetto fez questão de citar várias vezes o nome de Lula, enumerando investimentos feitos no Estado durante os governos do PT e lembrando sua trajetória como ministro. O objetivo é crescer na esteira da popularidade do ex-presidente.

— Desde o início, estamos relacionando a nossa candidatura à do Lula, independentemente de pesquisa. E o Ibope veio com uma liderança ainda maior do que em pesquisas internas que temos.

Isso deve nos favorecer à medida que o eleitor tome conhecimento de que o candidato do Lula no Estado é o Rossetto – afirma Carlos Pestana, coordenador da campanha do PT no Estado.

Além de Rossetto, Jairo Jorge (PDT) também busca o voto do eleitor do ex-presidente. O pedetista não perde oportunidade de lembrar que foi secretário-executivo do Ministério da Educação e ajudou a criar o ProUni, um dos principais programas sociais instituídos por Lula. Jairo também evita ataques diretos a Rossetto, de olho em um eventual apoio caso vá para o segundo turno.  

Na outra ponta do espectro ideológico, uma boa parte do eleitorado está propensa a votar em Jair Bolsonaro (PSL). O ex-capitão do Exército lidera a pesquisa, com 23% na hipótese de Lula ter a candidatura indeferida pela Justiça Eleitoral. Com o ex-presidente na disputa, fica em segundo, com 20%. 

Bolsonaro não tem palanque no Estado, o que leva praticamente todos os candidatos a tentarem capturar um pouco dos seus apoiadores. A maioria, porém, procura não se associar diretamente a ele, mas sim à necessidade de investimentos em segurança pública, principal bandeira do militar e preocupação frequente dos gaúchos. 

Mateus Bandeira (Novo), que participou de evento com oficiais da Brigada Militar nesta segunda-feira (20), tem discurso radical de intolerância ao crime e ao que chama de “bandidolatria”, semelhante à linha adotada por Jair BolsonaroJosé Ivo Sartori (MDB)exibe os investimentos no setor, majoritários em seu governo. Jairo Jorge fala em erguer presídios como o que construiu em Canoas. Eduardo Leite (PSDB) apresenta como vice um delegado de polícia. 

— É um voto envergonhado. Nenhum dos candidatos quer aparecer ao lado do Bolsonaro, mas querem os votos. E são muitos. Na centro-direita, quem conseguir galvanizar esses votos se credencia ao segundo turno – afirma o cientista político e professor da Unisinos Bruno Lima Rocha. 

Sartori e Leite cobiçam votos de Marina Silva

Transitando entre a centro-esquerda e a centro-direita, Marina Silva (Rede) tem 6% e aparece em terceiro lugar na simulação com Lula na disputa. Sem ele no páreo, a ambientalista tem 13% das intenções de voto, logo atrás de Bolsonaro. Esse potencial também é cobiçado pelos postulantes ao Piratini. Marina queria que a Rede apoiasse Sartori à reeleição, mas o partido acabou fechando com Leite. 

 

Não se descarta a presença dela no palanque do governador, em retribuição ao apoio que recebeu do emedebista na disputa presidencial de 2014. Sartori torce por uma transferência de votos de Marina, já que o candidato do MDB ao Planalto, Henrique Meirelles, patina na rabeira da pesquisa com 1%. Leite faz campanha para Geraldo Alckmin (PSDB), mas tem o apoio formal da Rede no Estado e não pretende se afastar de Marina.

— Meu candidato é o Alckmin, mas isso não significa fechar os olhos a outras candidaturas, como a da Marina. Ela é bem-vinda (ao meu palanque) e isso foi comunicado ao Alckmin. São dois nomes de qualidade – afirma o ex-prefeito de Pelotas.

Fonte(s): Rádio Gaúcha

Comentários

Últimas notícias

11 Mar
Política e Segurança
MEC lança programa para ampliar acesso de estudantes ao ensino técnico

Jovens em situação de vulnerabilidade terão auxílio de R$ 200 por mês

11 Mar
Política e Segurança
Fazenda lança plataforma para saque de antigo Fundo PIS/Pasep

Há cerca de R$ 26 bilhões esquecidos pelos trabalhadores

11 Mar
Política e Segurança
Percentual de famílias com dívidas em atraso cai em fevereiro, diz CNC

Consumidores estão buscando crédito em condições melhores

Esse site utiliza cookies para melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar o acesso, você concorda com nossa Política de Privacidade. Para mais informações clique aqui.